14 de outubro de 2015

UM CARRO QUALQUER


Num dos meus passeios a pé até ao centro (em Braga não se diz "baixa"), parei num dos bancos da Avenida Central. À minha frente estavam carros estacionados em espinha e, por trás deles, as fachadas dos palacetes que por ali abundam. Nunca tinha desenhado um carro, ou melhor, nunca em primeiro plano, com honras de protagonismo, embora já os tivesse usado várias vezes como adereços nos meus desenhos urbanos. Mas andava com o bichinho da curiosidade a roer-me desde que um colega "sketcher" me disse que só se vê se as pessoas sabem de facto desenhar quando lhes pedimos um desenho de um automóvel. Pois bem, pensei, vamos a isto! Com o meu bloco na mão e uma caneta nova - uma Pigma Micron 0.1, que adorei - tratei de registar o primeiro carro a jeito, que estava mesmo à minha frente. E ficou assim:


Em casa tentei as cores, e foi então que fiz uma descoberta: muito mais difícil do que desenhar carros é pintá-los. A razão é simples: eles reflectem não só a luz mas as cores em seu redor. As sombras e os tons de base saem por isso diferentes, não sendo os normais de um objecto mate. Por outro lado, como têm linhas sinuosas e arredondadas, os carros distorcem os reflexos que adquirem. Enfim, só dificuldades! Mas aqui deixo o resultado...





1 de outubro de 2015

TELHADOS DE VALLADOLID


Este é o terceiro e último desenho da minha deslocação a Valladolid em Julho, que aqui ficou prometido há um par de semanas:




Foi à hora do almoço que o fiz, sentada no restaurante do Corte Inglês (eu prometi o desenho, não um guia gastronómico decente, ok?). Como em todos os "bunkers" da marca que conheço, o dito fica no último andar, e tem umas vistas muito bonitas sobre o coração histórico da cidade. Aqui estão elas, em colheita local:


Tantos ocres e laranjas, batidos pelo sol! Em clima de "rentrée" outonal, já dá saudades...