12 de maio de 2016

VISTA À RÉ


Pelos vistos, tomei o gosto por desenhar carros, ou pelo menos o "nosso" carro (de família), o Volvo de que aqui falei há dias. Aqui o deixo com outra cor e outro ângulo:



E aproveito para oferecer uma pérola filosófica. Já repararam que muitos objectos não são concebidos para ser vistos por trás? Pensem por exemplo nos armários: alguém se preocupa com o design da face que fica virada para a parede? Ou os anéis: apesar de a mão se mover, abrindo, fechando e mostrando a palma e o interior dos dedos, a maioria dos anéis é feita para ser vista só de um lado, o lado de fora. E pela mesma lógica alinham tantas outras coisas. Pelo contrário, nos carros a parte de trás é tão ou mais importante, e identificadora, que a da frente ou a dos lados. Bem, e chega de profundas reflexões. Vou apenas ficar a aguardar que a editora do Wittgenstein me contacte, para finalmente enriquecer com um best-seller.

10 comentários:

  1. E ainda bem que tomaste, o carro está muito giro. :) E a filosofice também, a minha máquina de lavar é realmente mais bonita pela frente que por trás, ah ah!

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    1. :) Felizmente a minha veia filosófica ataca poucas vezes em público.

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  2. Parabéns Miú. Nem falta a sombra projetada no chão deste maravilhoso clássico com duas frentes.

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  3. E que bela pérola filosófica!!
    Nunca tinha visto as coisas nessa perspectiva:):)
    Mas que o desenho está girissimo lá isso está!
    Beijocas.

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    1. É o que eu digo, Manelinha, isto é Wittgenstein upa-upa. :)

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  4. Está muito giro, belo clássico!!! Por acaso ando à que tempos para desenhar o carro de família lá de casa, aquele que nos levava para as férias do Algarve com estofos em napa a escaldar :D Com as dicas que tive acho que já me aventuro!

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    1. Ahahahah, essa dos estofos a escaldar é um verdadeiro clássico! Sem falar dos enjoos dos irmãos, e da bagageira a abarrotar, e do calor sufocante a viagem toda sem ar condicionado (AC?, quem tinha ouvido sequer falar disso?)...

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    2. Viagens intermináveis de Lisboa ao Algarve agravadas pelas bichas de automóveis que aguardavam vez para atravessarem o Tejo antes da Ponte ser construída em 1966.
      Bonito desenho tal como o Volvo. De matrícula angolana.

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    3. Acertou, Luís! Sou de Sá da Bandeira. :) Como gostava de lá voltar!... Sorte tens o Luís, que vai a Angola com frequência.
      Muito obrigada pelo simpático comentário.

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