29 de junho de 2017

SHEFFIELD TOWN HALL


O que desenhei não foi bem a Câmara Municipal – um edifício neo-gótico da época vitoriana – mas as traseiras, com a torre sineira e a praça adjacente:



Sentada literalmente no chão, no vão de uma loja, não tardou que começasse a ser abordada por outras criaturas errantes: "Very nice, love!", iam-me dizendo os sem-abrigo.


Um casal de motards, cheios de tatuagens e piercings, veio perguntar-me se sabia onde era o pub "The Red Deer". Pensavam que eu era dali (às tantas julgaram que era o meu begging spot habitual)! O dia estava cinzento, mas de vez em quando o azul do céu surgia, iluminando tudo.

26 de junho de 2017

THE DIAMOND


É um edifício ultra-moderno, todo em losangos, facetado como um diamante. Fica ao lado de um prédio bem mais vetusto, com o tijolo tão típico de Sheffield e de outras zonas centrais de Inglaterra. Foi junto a este que fiz um dos meus desenhos na semana passada:



É no Diamante que funciona a Faculdade de Engenharia, mesmo em frente ao Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais. Quatro dias na Universidade de Sheffield têm a vantagem de não nos desterrarem para longe da cidade, como já me aconteceu tantas vezes. Aqui os edifícios das várias faculdades espalham-se harmoniosamente pelas ruas do centro histórico. Estava um dia límpido e menos quente que os anteriores. A "heat wave" felizmente tinha passado. Que bela oportunidade para desenhar!


9 de junho de 2017

PASSARADA


Gosto de pássaros. Sou aquele tipo de pessoa que quando vai à feira pára nas tendas de periquitos, canários e quejandos com sorrisos de prazer. Sim, já sei, esses são pássaros enjaulados e isso é errado, condenável, blá-blá-blá. Ok, prendam-me também a mim como castigo, mas a verdade é que essa é a única maneira que tenho de os ver de perto. E acho-os adoráveis, com aquelas patinhas finas, o corpo vibrátil e os olhos muito vivos. Não sendo ornitóloga nem bird watcher, contento-me com isso e com ... desenhá-los! Deixo hoje aqui uma amostra ao acaso, de espécies não-relacionadas, unidas apenas na delicadeza do porte e na diversidade da cor:

Aquela bolinha amarela ali no meio é em honra dos meus dois canarinhos, que me acompanharam por longos anos em fases bem diferentes da minha vida. O nº 2, de nome Jacinto, andava solto dentro de casa, esvoaçando alegremente por aqui e por ali, mas não se afastando muito da gaiola. Nunca chegou a aprender as habilidades do Pimpim, o meu canário nº 1, que andava sobre o meu ombro e voava FORA de casa, voltando sozinho, todo contente, para a sua gaiola. 
     Acordo muitas vezes a ouvir o chilrear dos pássaros. Julgo que essa é até a definição habitual do despertar perfeito, não é? E sei, obviamente, que esse é o despertar perfeito para os pássaros – em liberdade. Mas, havendo tantos passarinhos à espera de ser adoptados e acarinhados, sem hipótese já de vida alternativa uma vez que foram criados em cativeiro, creio que vou reincidir. Não me batam, vá. 😇