23 de agosto de 2024

PRAIA, OUTRA VEZ

Mais um Verão e, mais uma vez, praia! Estes banhistas olhavam todos na mesma direção, a contemplar as ondas já atrevidas que subiam subitamente e apanhavam as toalhas e paraventos dos mais distraídos. Dizia-se que já eram as marés vivas de Agosto...

22 de julho de 2024

ZOO DA MAIA

Muitas riscas, bigodes, plumas, cores, saltos, movimentos... e muitos "gatos" no meio dos animais selvagens! Foi este sábado, dia 20 de julho, no 125º Encontro PoSk, no jardim zoológico da Maia.

Os dois de cima dispensam apresentações, mas os três de baixo (um repetido), sobretudo porque se mexiam freneticamente, ficaram um pouco fantasiosos: um veado "ladrador", um grou-coroado e um lémure-de-cauda-anelada. 

E aqui fica o bem-disposto grupo da tarde, a que me juntei já a dita ia adiantada:

19 de maio de 2024

TORRE DO LIDADOR

 O 122º Encontro dos POSK, no dia 11 de maio, foi no coração da Maia, em pleno edifício da Câmara Municipal. A moderníssima Torre do Lidador, espelhada, tem um formato oblongo que lhe valeu o epíteto de "Isqueiro". Mas as minhas "lides" com o Lidador não tiveram chama, devo dizer. A nossa incumbência era desenhar a Maia desde lá do alto da torre. Eu, fiada em como haveria sítios onde sentar, não levei a minha cadeira portátil, pelo que tive de desenhar de pé, com uma mão a segurar o caderno e outra a caneta, numa tremeliquice que já adivinham. Fiada também no sol lindo que estava, fiz a habilidade de não levar casaco, o que me garantiu uma bela pele de galinha. Estou a contar estas peripécias para justificar o mauzinho que me saiu o desenho, claro. Aqui está ele, já na versão borratada:

Aqui está também a prova circunstancial:

E, aqui, o grupo exibindo o fruto de uma manhã esforçada, com o horizonte marítimo escondido sob o nevoeiro:



Depois, descemos para tirar uma segunda fotografia, desta vez com a Torre ao fundo:

1 de maio de 2024

FLORES SILVESTRES

Apanhadas à beira-rio, estas flores serviram-me de modelo. À esquerda no caderno, pus o ramo minúsculo, que mal me cabia na palma da mão; à direita tentei desenhá-lo e, depois, pintá-lo. Ficou assim:

25 de abril de 2024

O "INVERNO" NO VERÃO

… Era o mês de FevereiroE o Inverno se fez VerãoDescobrimos um vulcão...

Sérgio Godinho, "Romance de um dia na estrada" (1971)

O meu segundo desenho do Encontro POSK 121, na Quinta de S. Gens, em Matosinhos, virou-se para o bosque. No meio do relvado, uma das esculturas de granito atribuídas a Nasoni estava mesmo a pedir que a desenhasse. Chama-se "Inverno" e é uma das quatro estações ali representadas. Com o sol tão quente que estava, em pleno abril, parecia que "o Inverno se fez Verão": 

Os difíceis verdes e o Inverno a espreitar por trás do caderno:

21 de abril de 2024

QUINTA DE SÃO GENS

O encontro POSK 121 teve lugar na Quinta de S. Gens, na Senhora da Hora, em Matosinhos. Aqui tão perto de Leça, e eu não a conhecia! É uma quinta enorme, constituída pelo chamado "castelo" (a casa senhorial que aqui mostro, construída no séc. XVIII), um lindo jardim, com estátuas, repuxo e bancos atribuídos a Nasoni, e um bosque, em tempos ocupado com terrenos de experimentação agrícola. Foi a Ana Isabel Lencastre, colega "poskiana" que ali trabalha como engenheira agrónoma, que organizou a nossa visita, com piquenique gentilmente incluído. No meu desenho, tentei a custo captar também os reflexos no laguinho central, cujo repuxo ficou fora do enquadramento:

O desenho no local, já com o sol bem alto:

E o grupo todo, com os desenhos da manhã:

14 de abril de 2024

UMA RUA QUALQUER

Fica no Porto, para os lados do Bonfim. Digo "qualquer" mas tem nome: Rua António Granjo. E tem também casas lindas, umas "Art Nouveau", outras "Art Déco" (em francês fica mais chique 😅). Foi lá que os POSK (Porto Sketchers) retomaram a sua atividade, depois de uma paragem para deixar passar as chuvas. E que bem soube rever os amigos e dizer olá aos pincéis! O meu primeiro desenho fi-lo sentada do lado esquerdo de quem sobe, à sombra, portanto. O sol estava escaldante, apesar de estarmos em abril. E captei algumas casas banhadas pelo dito, em sentido ascendente, além de uma furgoneta que ali estacionou e ali se manteve...

Aqui, o desenho "in situ":

  E, finalmente, o sorridente grupo exibindo o trabalho de uma tarde:

24 de outubro de 2023

UM FERRY EM TINOS

 Mais um dos meus desenhos deixados por pintar e votados ao esquecimento. Ao resgatar este, regressei a uma das Ilhas Cíclades, na Grécia, onde estive já lá vão uns bons anos. Tinos fica no Mar Egeu e tem casas caiadas de branco com portas e janelas em azul vivo, além de curiosos pombais nas zonas interiores. É uma ilha árida e ventosa, menos atulhada de turistas do que a bem mais conhecida Mikonos, ali ao lado. Mesmo assim, nestas varandas de madeira em cima do mar havia vários restaurantes onde se ouvia línguas de todo o lado, e a própria dimensão do ferry-boat (Agoudimos Lines, lembro-me) atesta bem que a ilha tem um vaivém humano considerável: 

21 de outubro de 2023

UMA BAÍA

 Não, nunca estive na Indonésia. Mas é lá que fica esta praia recortada que me surgiu no ecrã hoje quando abri o computador. A confiar no que diz o Windows ao clicarmos na imagem, trata-se de um sítio chamado Labuan Bajo, e eu não preciso de saber mais nada: apetece-me ir para lá agora. Praias há muitas, e nós temos das mais belas do mundo, mas este relevo acidentado mesmo em cima das águas turquesa parece-me diferente de tudo o que já vi ao vivo. Tentei captá-lo, ignorando a regra do "in situ" que rege habitualmente os meus desenhos:

19 de outubro de 2023

O CAROCHA

 Nesta vontade que me deu ultimamente para desenhar carros, reincido nos Volkswagens -- ou não tivesse eu própria tido dois, um Golf 3 e um Golf 4. Este que aqui deixo hoje é a quinta essência da marca, um daqueles clássicos intemporais, cujas formas arredondadas lhe valeram a alcunha acertada de "carocha", ou "beetle" em inglês. Embora a sua história esteja incontornavelmente ligada a um nome amaldiçoado (foi Hitler quem encomendou a produção de um "carro do povo", acessível e robusto, nos anos 1930), a simpatia pelo modelo tem resistido ao teste do tempo e, volta e meia, ainda se consegue ver algum a passar alegremente pela estrada: 

15 de outubro de 2023

CINCO BALEIAS

 Uma baleia azul, uma orca, uma beluga, um cachalote e uma baleia boreal. Foi a minha escolha para uma aguarela que fiz para o quarto do meu filho de 12 anos, quando há alguns meses lhe remodelei o quarto, retirando o papel de parede de carrinhos e barquinhos e os quadros mais infantis. Estou ciente, claro, de que mais tarde ou mais cedo também as baleias vão voar dali para fora -- e ser substituídas por posters de DJ, Youtubers ou outros ídolos semelhantes da Geração Z (longe vão os tempos das estrelas de cinema ou do rock)... Mas enquanto essas afirmações libertárias não chegam, vou-me divertindo assim. O desenho, contrariamente à prática de sketching, foi a lápis. E as proporções foram violentamente ignoradas: a baleia azul, por exemplo, é dez vezes maior que a orca (30 m vs. 3 m), mas enfim, assim ficaram todas, lado a lado: 

9 de outubro de 2023

OS OUTONANTES

 Com o Verão oficialmente terminado há duas semanas certas, eis que as praias se encheram de novo de norte a sul, já em pleno Outubro. Este sábado, dia 7, um pouco depois das 19h, a temperatura junto ao mar de Leça era ainda de 23 graus. Os últimos banhistas levantavam-se para finalmente abandonar a praia. Em vez de veraneantes, pensei que seria mais acertado chamar-lhes "outonantes", uma nova estirpe que se vai afirmando de ano para ano, igualmente metódicos e aplicados nas suas lides de areia e banhos. Sentada no paredão, fiz um esboço a lápis muito rápido do sol a pôr-se e, em casa, "borratei-o" assim:

6 de outubro de 2023

A PÃO-DE-FORMA

Julgo que o termo só existe no contexto lusófono, pois não creio que na Alemanha se refiram à icónica carrinha Volkswagen através de uma metáfora gastronómica. Sempre as achei giríssimas, apesar de nunca ter andado em nenhuma. O desenho que aqui trago foi um exercício de observação a partir de fotografia, em que o modelo prototípico, caracteristicamente bicolor, exibe janelas laterais no teto e lona de recolher. Os pneus com a sua barra branca e o jogo de faróis redondos, a condizer com o logo frontal bem visível, também cromado, são elementos distintivos deste veículo que deixou saudades  ao ponto de haver quem as alugue para casamentos e férias de campismo. O que lhes faltará em conforto sobra com certeza em charme:

3 de outubro de 2023

BASSETS

 Não tenho cão, só gato, mas sempre ansiei por um. Tivesse eu a disponibilidade e o espírito de sacrifício para tratar de um cão como deve ser, adotaria um cheia de alegria. Gosto dos cães de porte grande ou médio, de preferência de orelhas caídas e de temperamento dócil e pachorrento. Apesar de pequenotes, sempre tive um fraquinho pelos bassets  e admito que os anúncios da Hush Puppies contribuíram para isso. O nome provém do francês "bas", ou baixo, e pertencem à classe dos sabujos (em inglês, hounds), cães de caça, de faro apurado. Neste esboço, quis desenhar um basset em várias expressões típicas, muitas delas tipo "caliméro", aquele ar entre o tristonho e o suplicante, o entediado e o complacente. Dizem que esta expressão deprimida é enganadora, e que os bassets são, na realidade, cães muito bem-dispostos.

         

28 de setembro de 2023

O CORETO

Foi o meu segundo desenho do Encontro POSK 118, na Feira dos Golfinhos (uma espécie de Feira da Ladra), que tem lugar no Jardim Basílio Teles, em Matosinhos. Sentada numa das frondosas sombras, desenhei o coreto, algumas bancas de bricabraque e, claro, o arvoredo circundante, que exigiria mão bem mais destra do que a minha para lhe ser feita justiça. Quanto às pessoas, bem, houve momentos em que passavam tantas que eu mal via os meus motivos de desenho. E, como passavam, também me foi muito difícil captá-las... Aqui fica uma versão bastante despovoada do animado evento:

E, aqui, o desenho a tinta feito no local: