Nada como as aves para darem "asas" ao pincel! São um regalo para a caixa de aguarelas e, se nos forem familiares, são relativamente fáceis de desenhar. Tive vontade de juntar um bom bando de aves de capoeira, mas das que andam em liberdade, ou quase, a esgravatar e penicar por aqui e por ali. Por isso, galinhas e pintainhos, mais o chefe do harém, ora pois, e um peru, que costuma coabitar pacificamente com o grupo:
28 de janeiro de 2019
22 de janeiro de 2019
PESSOAS AO ACASO
Depois do exercício de retrato a preto e branco deste fim-de-semana, intencionalmente cuidadoso, apeteceu-me hoje desenhar pessoas de forma bem mais rápida e descontraída: só meia dúzia de traços, deixando a caneta deslizar sem preocupação. Pessoas à espera, desconhecidas, sem nome. Também é bom (e fácil) desenhar assim!
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21 de janeiro de 2019
SEIS DESENHADORES DESENHADOS
Deu-me de repente vontade de voltar a fazer retratos a lápis -- que é a melhor forma de criar contraste e profundidade. Ah, e de apagar os erros! Com o sábado chuvoso que esteve este fim-de-semana, aproveitei. Olhando para fotografias de cinco amigos desenhadores e de um outro, que nunca conheci mas muito admiro (e a quem se deve a criação do conceito de urban sketching) lá me pus a rabiscar:
Em primeiro lugar, o Paulo, cujas feições são como ele: tão difíceis de captar quanto ele é esquivo e misterioso, tão suaves quanto ele é gentil e cortês. Depois, o Rui, com os seus cabelos dramáticos, os traços fortes e o gesto amável. A Teresa veio depois -- e como me sinto embaraçada por a ter deixado bem menos gira, e muito mais marcada, do que ela é! O Eduardo, de todos, foi o que saiu melhor, quase de um só movimento. Da Suzana, tímida e delicada, tentei captar o sorriso e o olhar franco. E do Gabi Campanário -- o tal que não conheço ao vivo -- quis registar o olhar límpido e penetrante e a expressão doce que lhe costumo ver nas fotografias.
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14 de janeiro de 2019
ANO NOVO EM CÁCERES
É tradição cá em casa fazer-se a passagem de ano fora. Consoada e Natal em família; réveillon longe de casa. Este ano cumpriu-se o costume e fomos, mais uma vez, até Espanha, desta vez a Cáceres, onde os foliões, consta, são mais alegres e expansivos que os de cá. Confirmámos a teoria "in loco", mas não é da festarola que venho falar. Venho mostrar o desenho que fiz no primeiro de Janeiro, com temperaturas a rondar os 0º, mas com um sol belíssimo:
É a Praça de Las Veletas, com o Convento de S. Pablo (Sec. XV-XVII). O enorme centro histórico de Cáceres -- a "ciudad monumental"-- é de uma beleza ímpar, com um emaranhado de ruelas e praças calcetadas medievais por entre inúmeros palacetes, casas fortificadas, igrejas e mosteiros, de estilo gótico e renascentista. Tudo harmoniosamente em pedra, com a cidade moderna a estender-se para além das muralhas. Foi quase impossível escolher o que desenhar, pelo que desisti e sentei-me no primeiro banco ao sol que encontrei a jeito. E, ali, saiu o desenho:
Mais tarde, numa esplanada da Plaza Mayor, consegui ainda captar a Torre de Bujaco (séc. XII), à esquerda, e a Torre Nueva o de Los Púlpitos (séc. XV), à direita, num esboço de ângulo largo. O problema, aqui, foi que usei uma caneta grossa e sem resistência à água... O desenho, já de si probrezinho, vai ter de ficar mesmo assim:
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Cáceres
10 de janeiro de 2019
REUNIÃO IMPROVÁVEL
Começo o ano com um pequeno desenho dito "de estúdio", feito em casa mas à vista. Um conjunto de bonecos do meu rapazinho, bem coloridos e bons para praticar quando está frio lá fora! Um cavalo, uma girafa e um tigre -- ou, é caso para dizer, um encontro muito pouco provável…
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