28 de setembro de 2023

O CORETO

Foi o meu segundo desenho do Encontro POSK 118, na Feira dos Golfinhos (uma espécie de Feira da Ladra), que tem lugar no Jardim Basílio Teles, em Matosinhos. Sentada numa das frondosas sombras, desenhei o coreto, algumas bancas de bricabraque e, claro, o arvoredo circundante, que exigiria mão bem mais destra do que a minha para lhe ser feita justiça. Quanto às pessoas, bem, houve momentos em que passavam tantas que eu mal via os meus motivos de desenho. E, como passavam, também me foi muito difícil captá-las... Aqui fica uma versão bastante despovoada do animado evento:

E, aqui, o desenho a tinta feito no local:

24 de setembro de 2023

CÂMARA DE MATOSINHOS

O Encontro POSK 118 foi hoje, domingo, na Feira dos Golfinhos. No entanto, em vez de golfinhos (de que não vi nenhum), árvores (havia muitas), ou bricabraque (ainda mais), desenhei a Câmara de Matosinhos, ali mesmo ao lado. Com um pontapé aqui e outro acolá na perspetiva, lá saiu o edifício, longo e com algumas partes abauladas, sem esquecer os repuxos, que se alinham ao longo da fachada principal:

O dia, luminoso e cálido, nota-se bem na fotografia do desenho que tirei no local (as figuras humanas foram acrescentadas depois):


Aqui, a fotografia de grupo (eu, o Armando, a Beatriz, a Cyntia, o Rui e o Jorge):

20 de setembro de 2023

PISCINA DAS MARÉS II

Nesta segunda perspetiva, virada a poente, da Piscina da Marés de Siza Vieira (ou Álvaro Siza, como passaram a chamá-lo), vê-se a estrutura norte a rasgar as rochas selvagens:

19 de setembro de 2023

PISCINA DAS MARÉS I

É um dos ex-libris de Leça da Palmeira a piscina de água salgada desenhada por Siza Vieira que, sobre as rochas, se situa em pleno rebentar das ondas. Neste desenho muito rápido, que fiz neste setembro pálido, vê-se ao fundo o paredão do Porto de Leixões:

17 de setembro de 2023

A CASA DOS MEUS AVÓS

Do lado materno, a família era particularmente numerosa, ramificada, cheia de histórias que a minha Mãe contava tão bem. Mas da casa, enorme, ficou apenas a estrutura e pouco mais, depois de uma remodelação violenta e sem cuidado que há mais de três décadas a roubou de todo o seu carácter e encanto. O mirante, por exemplo, o mais emblemático elemento arquitetónico, foi derrubado sem apelo nem agravo. O registo do que a casa foi só existe fotograficamente  e, agora, vertido neste desenho, numa tentativa que faço de voltar a uma infância distante, em que ainda todos eram vivos e eu não sabia que era feliz:


O desenho a preto-e-branco talvez reproduza melhor o espírito da fotografia, antiga e melancólica, bem como o manto de cinza com que o tempo empalidece a memória:

9 de setembro de 2023

O ARCO DO TRIUNFO

 

Ando para aqui a recuperar desenhos antigos que ficaram esquecidos, votados à sua existência sem cor. Alguns, confesso, teriam lucrado em continuar nesse estado, pois a aguarela não lhes trouxe nada. É o caso deste, ao qual a cor apenas trouxe garridice, mas enfim, aqui cumpro o plano inicial. Trata-se de um desenho que fiz na minha viagem a Paris em Setembro de 2019, mesmo antes de se começar a ouvir falar da maldita pandemia. É preciso dizer que o tamanho do Arco do Triunfo surpreende quando nos aproximamos dele. Nas fotografias e pinturas perde-se um pouco a noção da grandiosidade do monumento, que se agiganta face aos edifícios, já eles altos (4, 5 andares), que o cercam em círculo... Por isso, pressenti logo a dificuldade em o encaixar numa folha tão pequena (A5), o que se veio a confirmar, ao ter ficado um vértice de fora...

Aqui fica também o registo da minha sessão de desenho no meio do vaivém contínuo dos turistas, com sorriso incluído: