31 de dezembro de 2018

UM ANIMAL QUE NUNCA VI


Acabo o ano com o desenho de um animal tão misterioso como familiar, resgatado dos meus cadernos atrasados, de uma página que remonta já a Outubro. Durante esse mês costuma decorrer um desafio internacional de desenho -- o Inktober, com uma deixa diária. Há muitos corajosos que o seguem religiosamente. Eu, avessa a obrigações nesta matéria lúdica, só tive vontade de fazer um único desenho durante o mês inteiro, o do dia 11. A deixa era "whale":


Como se vê, a minha baleia surge numa representação pouco original: a de se ver os dois níveis do mar, sobre e sob a linha da água. Pus ainda uma criança num barquito a afagar o focinho da dita e, depois, vários tons de azul e muita água. Gostei de dar rédea solta ao pincel e às manchas de tinta!

E é nesta cor versátil e infinita, o azul, que quero deixar os meus melhores votos de Ano Novo a quem visita este blogue. Depois da morte anunciada da blogosfera, verificar que ainda há pessoas -- muitas das quais eu também nunca vi mas que me são já tão familiares -- que continuam a passar por aqui, dando generosamente atenção aos meus desenhos, é motivo de muita alegria e gratidão. Muito obrigada pelo vosso apoio e carinho! E por aqui nos voltaremos a "ver", espero, daqui a um ano...

29 de dezembro de 2018

E O PORTO AQUI TÃO PERTO...


...visto de Gaia. Foi o meu segundo desenho no PoSk Vadio que se seguiu ao Simpósio Internacional USK 2018, em Julho (o primeiro foi este). Faltava-me pintar o esboço, e ficou assim, sem grandes complicações:


O desenho, esse, foi feito com lentes zoom, tal como o anterior:


Assim continuo a dar vazão aos diversos desenhos que tenho na fila de espera para a aguarela. É um problema crónico: como não pinto no local, vou acumulando para depois pintar em casa... E procrastinando (se é que a palavra existe em português!)... 



27 de dezembro de 2018

UMA CASA DE FAMÍLIA


Atravessou gerações, desde o bisavô que, no Brasil, arrecadou riqueza e refinou o gosto arquitectónico. Fica em Moreira da Maia, num terreno em cujo vértice pontua o portão de ferro. É uma casa altiva mas discreta, com um belo jardim arborizado. Pediram-me um desenho desta casa, e foi assim que eu a vi:

Quis aproximar-me e registá-la mais de perto, erguendo-se serenamente entre a vegetação. E fiz outro desenho, com aquele tufo luxuriante de glicínias em primeiro plano:


Acho que a família gostou. As duas imagens foram para um livro dedicado às memórias, tantas e tão gratas, que a casa encerra.

16 de dezembro de 2018

DUAS ESQUINAS


Na parte de tarde do Encontro PoSk, este Agosto, fomos descendo em direcção ao Jardim de S. Lázaro, onde por sinal já tínhamos estado a desenhar há uns bons meses (aqui). Houve quem ficasse dentro do recinto, mas eu sentei-me cá fora, nos degraus de um dos portões. E não me pus com esquisitices: desenhei o que tinha mesmo à minha frente:


E o que tinha à minha frente era a Rua de S. Vítor, alinhada a partir da Av. Rodrigues de Freitas, face à qual formava duas esquinas. A tarde estava linda, com um sol que iluminava tudo:


E eu fui apanhada sentada nos degraus do Jardim de S. Lázaro pelo Tiago Ramitos, com o Paulo J. Mendes lá atrás e a Elisabeth Mata ainda mais atrás, sentada no banco:


3 de dezembro de 2018

UMA CAPELA AO SOL


Tenho andado a pôr em dia os meus cadernos, cujos desenhos ficam às vezes meses por pintar!... Este de hoje foi feito nos idos de Agosto, numa manhã de sábado ensolarada, quando os PoSk (Porto Sketchers) reuniram no cimo de Sá da Bandeira. Eu optei por desenhar a Capela de Fradelos, numa transversal que vai ter ao SiloAuto. Os azuis dos azulejos e do céu confundiam-se, tal como os verdes da vegetação e do gradeamento:


Tão perto da capela nos sentámos os três (eu, a Alberta e o Paulo) que a perspectiva ficou distorcida, o que até me agrada:


Findos os desenhos da manhã, tempo para a fotografia de grupo, bem sorridente:



Este encontro ainda deu origem a um segundo desenho, da parte da tarde, que mostrarei em breve -- mal o pinte!