29 de abril de 2018

MAIS ÉVORA AO ENTARDECER


Não se pode dizer que seja um ângulo muito original, mas diga-se em meu abono que é a melhor prova do meu afã "desenhístico" pela cidade:

Conhecem aquela esplanada mesmo em frente ao Templo de Diana? Aproximavam-se as 19 horas, o sol já ia baixo, a temperatura também, e o empregado já se afadigava a acorrentar a mobília para o encerramento do estaminé. Mas, vendo-me tão concentrada no desenho, com a gola do casaco levantada e a meia de leite a arrefecer, compadeceu-se e lá me deixou ir ficando. Quanto dei por terminada a empreitada "arqueológica", vi-me sozinha, rodeada de castelos de mesas e cadeiras, com as orelhas geladas mas com as pedras ancestrais bem guardadas no meu caderno...
 
 

27 de abril de 2018

TELHADOS DE ÉVORA

Agonia
dos lentos inquietos
amarelos,
a solidão do vermelho
sufocado,
por fim o negro,
fundo espesso,
como no Alentejo
o branco obstinado.
(Eugénio de Andrade)
Vistas do meu hotel, ontem ao entardecer...


Não sei bem aonde fui buscar tantas cores! Acreditem que, no ar morno do fim do dia, a paleta alentejana era tipicamente branco-sobre-branco, ou aquele "branco obstinado" de que fala Eugénio de Andrade:


Devo ter sido atingida por uma epifania supra-sensorial... Seja como for, como é linda Évora!
 

21 de abril de 2018

NO CARVALHIDO, À CHUVA


Ora vamos lá a fazer uma publicaçãozita aqui no blogue, a ver se ele ressuscita!

Depois de uma semana abençoada de sol, eis que a tarde de sábado nos reservou um belo brinde. Mas os PoSk não se deixam intimidar: uma dependência do Multibanco mesmo em frente da antiga Igreja Paroquial do Carvalhido, no Porto, caiu-nos... do céu. E saiu um desenho:


No local, um cruzamento movimentado e barulhento que o esboço não conseguiu traduzir, o registo foi este, aqui mostrado numa fotografia tenebrosa que nem eu consigo explicar:


Vêm aí mais encontros de desenho, pelo que espero pôr aqui mais notícias em breve!