29 de julho de 2015

OS CLÉRIGOS VISTOS DA SÉ


Encontrámo-nos no Terreiro da Sé, na manhã de um domingo sereno, já quase a fechar Julho. Embora o plano fosse começar logo a descida, preferimos ficar por ali um pouco mais, tão desenhável é o local. E, claro, a vista da Torre dos Clérigos lá ao fundo, erguendo-se altiva por trás do casario, foi o motivo escolhido por vários de nós, ou não fosse o ângulo que a apanhava um dos poucos à sombra...


Este foi o meu primeiro esboço aproveitável do dia, bastante rápido para mim (menos de 15 minutos). Antes tinha perdido demasiado tempo numa tentativa abortada do pelourinho, que ficou com céu a mais e terreiro a menos, transparecendo ingloriamente nas costas do desenho:


E, aqui, uma fotografia de parte do grupo antes de zarpar, já a sermos chamados para dar corda aos sapatos:


O Pedro, eu, o Armando (com cara de seca pela demora) e a Elsa. O Jorge estava por trás da objectiva; a Ana Isabel e a Cláudia, ali por perto; o Tiago, o Hugo, a Margarida e o resto do grupo já no Terraço dos Grilos... Ui, toca a andar que se faz tarde!

28 de julho de 2015

À ESPERA DO ALMOÇO


Depois de uma manhã ensolarada de Domingo a desenhar pela colina da Sé do Porto, descemos até à Ribeira e parámos numa esplanada mesmo junto ao Cubo. Estava calor. E tínhamos fome. E os pratos demoravam. Mas resolvi pegar no bloco para matar tempo. À minha frente sentavam-se a Elsa, o Armando e o Jorge. Entre um nariz e uma orelha o tempo voou e, quando menos dei conta, lá chegaram as vitualhas. Não, não comemos bem, mas estivemos em óptima companhia!


As cores vieram em casa. Quanto aos desenhos da urbe, esses mostrarei depois. Ah, e deixo aqui uma fotografia tirada pelo Jorge, em que estamos também em compasso de espera, mas ainda a tentar decidir onde ir... A base do Cubo vê-se mesmo atrás de nós. O estômago a dar horas é que, felizmente, não. 


23 de julho de 2015

O PARADOR


Ainda não tinha mostrado o segundo desenho que fiz em Baiona. Trata-se de uma vista contígua à anterior, mas mais à esquerda, captando o Parador — nome muito adequado neste caso, por sinal, pois trata-se de um sítio onde apetece realmente parar. Fica dentro das muralhas do castelo, o qual por seu turno se situa na península que, ventosa e dramática, se projecta sobre o azul do mar. 


E aqui, como de costume, deixo a prova do crime, ao lado da impenitente culpada:


17 de julho de 2015

UM DÓI-DÓI NA TESTA


Ter uma criança de 4 anos, ainda por cima rapaz, dá-nos água pela barba. Hoje é um joelho esfolado, amanhã um nariz ferido, no dia seguinte arranhões, pisaduras, contusões várias. Desta vez foi uma queda de trotinete, em cheio nos paralelos da rampa de pedra... Aiiiiiii, só de escrever até dói!  Depois de um curativo rocambolesco, com direito a gritaria e três adultos em pânico (a irmã mais velha também estava), o convalescente lá acalmou, deitado na cama dos pais. Uns minutos depois, adormeceu. E eu, ainda com os olhos molhados (sim, é embaraçoso admiti-lo mas eu também chorei), velava-o. Quando vi que o sono estava plácido e os sinais de desconforto superados, achei-o irresistível de tão querido, ali adormecido com a gaze na testa. E quis captá-lo num desenho...


13 de julho de 2015

O MAR DE BAIONA


O mar de Baiona, na Galiza, tem ilhas a enfeitar o horizonte e, nos dois dias que lá passei, estava de um azul resplandecente:


Bem, talvez o azul não fosse exactamente este, mas foi o que me saiu! O esboço, fi-lo sob um calor pouco habitual nestas terras do norte, pelo que foi bastante rápido. Do lado esquerdo vê-se a península em que está o castelo e, dentro dele, o Parador. À direita estão as ilhas Cíes:


E, no meu caderno, ficou a vontade de lá voltar.

7 de julho de 2015

CORPOS AO SOL


Fora dos registos arquitectónicos e paisagísticos, trago hoje um desenho de pessoas. Só de pessoas — distraídas, alheadas, a gozar a tranquilidade de uma piscina ao fim da manhã. É engraçado observá-las a tomar banhos de sol, cada qual com o seu traje de banho, o seu corpo exposto, a sua intimidade a descoberto. Há-as altas e baixas, gordas e magras, velhas e novas. Mas todas se entregam ao culto do deus Sol, neste dolce far niente tão típico da estação.


E no mexe-que-mexe também são todas parecidas: é um tormento desenhá-las! Em 3 segundos já a mão está noutro lado, já o joelho subiu e o ombro desceu, já a cabeça se voltou escondendo as feições... As pernas desta senhora loura em primeiro plano, por exemplo, foram completamente inventadas. Estava eu a rabiscar a parte de baixo do biquini encarnado quando ela se afastou. Não tive outro remédio senão fazer-lhe este par de cilindros, que ainda por cima chocaram com a tumbona (isto foi em Baiona, na Galiza) da outra banhista a ler... Enfim, desditas de uma sketcher lenta demais para organismos móveis!

4 de julho de 2015

UM MOINHO NA PRAIA


Eu sei que concorrer de novo aos desafios USkP quando tenho lá no cabeçalho, dia após dia, várias caretas e esgares meus a espantar os visitantes é esticar a corda. Estou a melgar toda a gente! Mas não resisti ao desafio do "Calor" — nativa de Agosto e do hemisfério Sul que sou. E acho, claro, que me podem sempre dar o "ghosting treatment". Sabem o que é, o mais recente neologismo da língua de Her Majesty? É o que, segundo o New York Times, a Charlize Theron fez ao Sean Penn para acabar o namoro: ignorar e não responder. É o mínimo que eu mereço, eheheh! E depois posso sempre ir pedir consolo ao Penn.


Mas aqui vai. Um moinho na praia. Calor e banhistas. Toldos e guarda-sóis. Mirones. E o mar a perder de vista... Ah, um pormenor circunstancial: a praia, olhando-se para o lado esquerdo, é rústica, de pescadores e de faina, com peixe fresco vendido na hora. Hei-de lá voltar para desenhar os barcos e as redes. É a Apúlia, onde desta vez fixei apenas o ócio de Verão.

3 de julho de 2015

NO CABEÇALHO DOS USkP


Pois é, parece que o meu desenho para o Desafio 55 convenceu — ou, pelo menos, convenceu aqueles que se deram ao trabalho de votar, eheh! (Nada de vaidades, pois os votos são em percentagem muito modesta face ao contingente geral.) Mas foi um grande prazer ver que gostaram da minha brincadeira.

Aqui deixo, para registo futuro, e porque os cabeçalhos só ficam expostos durante o mês de Julho de 2015, a captura de ecrã do blogue:


(Confesso que aquela cara ali à direita, com o sorriso pateta e o nariz torto, me deixa um pouco embaraçada. E olhar para ela de cada vez que abro o blogue... enfim, causa-me uma pontinha de vergonha! Acho que vai espantar os visitantes todos por aqueles lados, mas paciência.)

E agora a página do Facebook:


Dizer que ainda há seis meses e pico nem sonhava que poderia vir a fazer parte da Comunidade dos Urban Sketchers... E agora estou ali a poluir-lhes o header! :) Trabalhei bem desde Dezembro, não acham?