Mais um barco de pesca neste janeiro marítimo. Contrariamente aos anteriores, este não está encalhado ou atracado, deslizando suavemente sobre a água.
(Em resposta ao #Boatober2024 do Instagram)
Mais um barco de pesca neste janeiro marítimo. Contrariamente aos anteriores, este não está encalhado ou atracado, deslizando suavemente sobre a água.
(Em resposta ao #Boatober2024 do Instagram)
Duas traineiras coloridas na areia molhada, neste Ano Novo subitamente chuvoso.
Que melhor metáfora de partida poderia haver do que uma estação de comboios? Todos os anos os POSK (Porto Sketchers) celebram a passagem de ano na Estação de São Bento. Este 28 de dezembro foi a sétima edição. Apesar de eu não ter conseguido ir, fiz um desenho, em honra dos meus amigos das canetas e pincéis:
É o átrio principal, forrado com painéis de azulejos de Jorge Rey Colaço (fui investigar), datados de 1905-06. Com mais de um século, aqueles desenhos a azul-pastel resistem, belos, à passagem do tempo. Nós, em contrapartida, vamos exibindo as suas marcas inevitáveis, numa ilusão anual de recomeço que apenas esconde a linha contínua em que gradualmente nos esfumamos. Aproveitemos, pois, o tempo que temos — e em especial a arte, que nos deixa outros olhares, outras parcelas ínfimas de eternidade.
A deixa do Inktober para o dia 21 era "Rhinoceros". Esta eu quis mesmo desenhar. É um animal particularmente interessante, com aquele físico gigantesco, o ar pré-histórico e aquela natureza pachorrenta dos herbívoros.
Foi a deixa do dia 12 do Inktober. Com dez dias de atraso, aqui está o meu horizonte: uma paisagem da Suíça, que fiz estas férias e que ainda não tinha pintado. É mesmo verdade: aquelas montanhas da Heidi, com prados verdíssimos a perder de vista, existem na realidade! E são lindas. A linha do horizonte perde-se cada vez mais longe, em verdes progressivamente mais azuis, mais esfumados:
Mais uma batotice: venho mostrar a deixa do dia 9 no dia... 14! Glup. O que vale é que o Inktober não tem policiamento, nem multas, nem juros, nem hipotecas. Se não conseguirmos acompanhar, ou se dermos um ou outro pontapé no calendário, continua tudo bem 😊. O meu "sun" é um sol a pôr-se, com aqueles tons ricos que às vezes o embelezam. Tentei a técnica do molhado-sobre-molhado e é tão divertido borratar tudo! Portanto: vivam as batotices -- e as borratadas!
Está foi a deixa do dia 5. Reparem no atraso que já levo no Inktober!... É escusado. Mas aqui deixo o meu par de binóculos. Eram do meu pai, e eram para levar ao teatro. Devem ter aí uns 70 anos... Sim, usados na década de 50 e 60. Daí o verdete e o descolorado de algumas zonas de metal. Olho para eles e emociono-me um bocadinho. Eram do meu Pai.
Bem, se um papagaio não é exótico, não sei em que estariam a pensar os do Inktober para este dia 4. Ou melhor: sei, mas de entre outras dezenas de possibilidades, eu não resisto a esta profusão de cores. E é um bom pretexto para voltar aos papagaios, que já desenhei aqui e aqui.
E chegámos ao dia 3. O Inktober propõe "Boots". Pois vamos lá a desenhar umas botas. Fui buscar umas minhas, que me dão ótimo caminhar, mas que não devem nada à elegância. São uma espécie de Doc Martens com meia elástica incorporada. Não se riam: há momentos para tudo, e para andar de botifarras também.
Com a preguicite instalada e de malas arrumadas, só um desafio de desenho me tira da modorra. O INKTOBER (ou, se quisermos em bom português, o TINTUBRO) costuma ter esse efeito em mim, embora a minha determinação para o cumprir todos os dias vá vacilando consoante as deixas. A primeira do mês é "backpack" e eu aqui estou para deixar a minha contribuição. Em rigor, "tinta" é só linha, ou só caneta, sem cor, mas muitos dos participantes do desafio online optam por colorir -- como eu:
Mais um Verão e, mais uma vez, praia! Estes banhistas olhavam todos na mesma direção, a contemplar as ondas já atrevidas que subiam subitamente e apanhavam as toalhas e paraventos dos mais distraídos. Dizia-se que eram as marés vivas de Agosto.
Muitas riscas, bigodes, plumas, cores, saltos, movimentos... e muitos "gatos" no meio dos animais selvagens! Foi este sábado, dia 20 de julho, no 125º Encontro PoSk, no jardim zoológico da Maia.
Os dois de cima dispensam apresentações, mas os três de baixo (um repetido), sobretudo porque se mexiam freneticamente, ficaram um pouco fantasiosos: um veado "ladrador", um grou-coroado e um lémure-de-cauda-anelada.
E aqui fica o bem-disposto grupo da tarde, a que me juntei já a dita ia adiantada:
O 122º Encontro dos POSK, no dia 11 de maio, foi no coração da Maia, em pleno edifício da Câmara Municipal. A moderníssima Torre do Lidador, espelhada, tem um formato oblongo que lhe valeu o epíteto de "Isqueiro". Mas as minhas "lides" com o Lidador não tiveram chama, devo dizer. A nossa incumbência era desenhar a Maia desde lá do alto da torre. Eu, fiada em como haveria sítios onde sentar, não levei a minha cadeira portátil, pelo que tive de desenhar de pé, com uma mão a segurar o caderno e outra a caneta, numa tremeliquice que já adivinham. Fiada também no sol lindo que estava, fiz a habilidade de não levar casaco, o que me garantiu uma bela pele de galinha. Estou a contar estas peripécias para justificar o mauzinho que me saiu o desenho, claro. Aqui está ele, já na versão borratada:
Aqui está também a prova circunstancial:
E, aqui, o grupo exibindo o fruto de uma manhã esforçada, com o horizonte marítimo escondido sob o nevoeiro:
Depois, descemos para tirar uma segunda fotografia, desta vez com a Torre ao fundo: