27 de abril de 2018

TELHADOS DE ÉVORA

Agonia
dos lentos inquietos
amarelos,
a solidão do vermelho
sufocado,
por fim o negro,
fundo espesso,
como no Alentejo
o branco obstinado.
(Eugénio de Andrade)
Vistas do meu hotel, ontem ao entardecer...


Não sei bem aonde fui buscar tantas cores! Acreditem que, no ar morno do fim do dia, a paleta alentejana era tipicamente branco-sobre-branco, ou aquele "branco obstinado" de que fala Eugénio de Andrade:


Devo ter sido atingida por uma epifania supra-sensorial... Seja como for, como é linda Évora!
 

12 comentários:

  1. Só quem desenha é que vê certas cores.
    Este desenho ganhou tudo em ser colorido.

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    1. É verdade, Filipe: quando desenhamos, olhamos com outra atenção para as coisas...
      (E também acho que o desenho melhorou bastante, eheh, de tão fraquinho que era!)

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  2. Está bem bonito com todas estas cores!

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    1. Que bom ouvir isso de quem usa tantas e tão belas cores!
      Obrigada, Rosário.

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  3. Eu gosto assim: vivo e colorido! A cor nao vem só das paredes! Vem do sol, dos cheiros, do ar, dos estados de almA...:) Parabens!

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    1. Tão bem dito, Teresa!
      Subscrevo inteiramente.
      Um beijinho

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  4. La poesía de Eugenio de Andrade, muy hermosa!
    Tu dibujo, fantástico y los colores, siguiendo lo que dice la poesía, están bien.
    Un abrazo.

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    1. Sim, Joshemari, adoro o Eugénio de Andrade!...
      E que feliz fico de ter gostado do meu desenho! :)
      Outro abraço

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  5. Lindissimo! E não podias escolher melhor... parece que Eugenio Andrade escreveu para este desenho. Bjinhos

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    1. Que bom que gostaste, Manela!
      O Eugénio de Andrade parece ter a música certa das palavras para tudo, não é?
      Beijos

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