Fiz este esboço ainda em Maio, num dos poucos dias de sol resplandecente que temos tido por aqui nesta Primavera desconsolada. Esquina da Avenida Central com a Rua dos Chãos. À direita, o Banco de Portugal, à esquerda, um edifício de escritórios e apartamentos, de estilos tão diferentes como as décadas que os viram erguer-se (Anos 20 e 70, respectivamente):
Depois de variados pontapés, sobretudo nas varandas caprichosas do edifício moderno, onde falhei miseravelmente a perspectiva, pus uns transeuntes nos passeios e uns turistas debaixo do guarda-sol de uma das esplanadas da Arcada. Foi, aliás, na esplanada ao lado que também eu me sentei comodamente, com um sumo de laranja a acompanhar o desenho. Só em casa, como é costume, apliquei a aguarela, fiel à minha filosofia de que devemos acarinhar os "filhos" aleijados da mesma forma que os escorreitos.
Nota de rodapé: podem mandar o sol outra vez cá para cima. Não nos importamos.