Deu-me de repente vontade de voltar a fazer retratos a lápis -- que é a melhor forma de criar contraste e profundidade. Ah, e de apagar os erros! Com o sábado chuvoso que esteve este fim-de-semana, aproveitei. Olhando para fotografias de cinco amigos desenhadores e de um outro, que nunca conheci mas muito admiro (e a quem se deve a criação do conceito de urban sketching) lá me pus a rabiscar:
Em primeiro lugar, o Paulo, cujas feições são como ele: tão difíceis de captar quanto ele é esquivo e misterioso, tão suaves quanto ele é gentil e cortês. Depois, o Rui, com os seus cabelos dramáticos, os traços fortes e o gesto amável. A Teresa veio depois -- e como me sinto embaraçada por a ter deixado bem menos gira, e muito mais marcada, do que ela é! O Eduardo, de todos, foi o que saiu melhor, quase de um só movimento. Da Suzana, tímida e delicada, tentei captar o sorriso e o olhar franco. E do Gabi Campanário -- o tal que não conheço ao vivo -- quis registar o olhar límpido e penetrante e a expressão doce que lhe costumo ver nas fotografias.