Começo hoje neste espaço uma rubrica de "memórias". Trata-se de locais onde estive mas a que só agora dedico um desenho. Pretendo com isto guardar uma cronologia, embora aleatória, das minhas andanças por tantos sítios deste mundo e, assim, recordar melhor o que deles guardo e que me marcou.
Data de 2005 a minha visita a Amesterdão. Dez anos é muito tempo, mas a paisagem urbana da cidade é uma daquelas que se mantêm quase inalteráveis, um pouco cristalizadas até, ao longo dos tempos. Este desenho podia por isso, julgo, ter sido feito hoje. É uma vista banal, de um dos múltiplos conjuntos de fachadas ao longo dos canais. O hotel onde ficámos é o prédio branco mesmo ali no centro - o Ambassade.
Data de 2005 a minha visita a Amesterdão. Dez anos é muito tempo, mas a paisagem urbana da cidade é uma daquelas que se mantêm quase inalteráveis, um pouco cristalizadas até, ao longo dos tempos. Este desenho podia por isso, julgo, ter sido feito hoje. É uma vista banal, de um dos múltiplos conjuntos de fachadas ao longo dos canais. O hotel onde ficámos é o prédio branco mesmo ali no centro - o Ambassade.
Nesta fotografia, tirada numa ponte próxima daquela onde se capta a imagem acima, vêem-se os três símbolos da cidade: os canais, as bicicletas e... as sex shops. Eu apareço já preparada com o meu "outfit" pretensamente profissional para ir dar a minha comunicação à Vrije Universiteit. E estou constipada. Em Julho! O Verão holandês não é exactamente como o nosso...
Mas muito mais importante do que a comunicação académica, para mim, foi a visita ao Museu Anne Frank. Durante algumas horas, entra-se no espaço real onde ela, menina tão sensível e criativa, se escondeu – e quase escapou. Quase. Recomendo vivamente a todos os que estão a pensar visitar Amesterdão. Em mais de 20 anos de viagens, poucas coisas me tocaram tanto.