“[Venice]… is still left for our beholding in the final
period of her decline. (...) We might well doubt, as we watched
her faint reflection in the mirage of the lagoon,
which was the City, and which the Shadow."
her faint reflection in the mirage of the lagoon,
which was the City, and which the Shadow."
John Ruskin (1851),
The Stones of Venice,
Vol. I, ch. I, § 1
Chamam-lhe a Cidade das Pontes, mas é na água e seus inúmeros reflexos que a identidade de Veneza parece construir-se. Com tantos cursos de água, e com uma luz tão meridional, Veneza duplica-se a cada passo, em cada esquina, sobre cada pedra, ao ponto de quase hesitarmos sobre qual das duas preferirmos, como diz Ruskin: se a verdadeira, se a reflectida — se a realidade, se a sua sombra... Deixo-vos com este dilema platónico, sob forma de cor e sol, no penúltimo dia da minha visita de Maio a Veneza: