31 de agosto de 2016

A CAPELA E O GUINDASTE


Como convém em zonas de faina marítima, a capela de Stª Catarina perfila-se junto ao Porto de Leixões, em Leça da Palmeira, muito perto do forte. Foi o meu segundo desenho do Encontro PoSk 4 (aqui particularmente entortado pela digitalização foleira feita em casa com o iPhone). E sim, aquela sucata em primeiro plano é, supostamente, uma carrinha Mercedes:



Este esboço bateu um recorde no meu historial de sketcher: o de o fazer em pé, com o caderno meio periclitante numa mão e a caneta, sem apoio, na outra. E quase bateu um segundo, o da velocidade, pois fi-lo em menos de um quarto de hora, uma raridade sempre para mim...


O meu terceiro e último desenho deste dia foi feito na marina de Leça. Porém, a profusão de informação visual e a proximidade cromática dos motivos (os barcos eram todos em branco e azul, azul e branco) fizeram com que o meu desenho se perdesse completamente. Mas lá o acabei. Só não pintei...


E aqui fica mais uma recordação de um belo encontro de quem gosta de desenhar (fotografia temporizada do Jorge Guedes):


29 de agosto de 2016

FORTE DE LEÇA


No 4º Encontro dos PoSk (Porto Sketchers) desenhei finalmente o monumento que passei a ver com tanta frequência desde que me instalei aos fins-de-semana em Leça da Palmeira. Fiz ao todo, ao longo daquele dia de sábado, 20 de Agosto, três desenhos, o que é dois terços mais do que o meu mísero saldo habitual. Mas fico-me pela quantidade, poupando os meus estimados leitores à questão da qualidade. Neste ângulo em que me coloquei apanhei o Paulo Pebre, ele próprio entretido a desenhar o dito:


Para produzir estes sarrabiscos pedi emprestada uma caixa de fruta vazia a uns vendedores ambulantes que descarregavam a camioneta ali no largo. E foi bem sentada nesse banco improvisado que o Jorge Guedes me fotografou...


22 de agosto de 2016

UMA RAPARIGA NO SOFÁ


Desta vez não precisei de sair de casa para caçar um desenho. Foi aqui mesmo, na sala. A presa? A minha filha:


Eis o esboço de 15 minutos, sob pressão, pois o modelo ia sair e estava com poucas contemplações para estas ideias peregrinas da mãe:


De bom grado ou não, acho que a minha filha vai servir de cobaia mais vezes...

17 de agosto de 2016

FÉRIAS BRANCAS


Brancas de cal e de luz, brancas de paz. Regressámos ao Alentejo profundo, em família nuclear (nós os dois e os dois rebentos), neste Agosto quente e preguiçoso, sempre acima dos 40º. Mais uma vez, fizemos um circuito de Pousadas históricas. "Os 3 Ás", dir-se-ia: Arraiolos, Alvito e Alcácer. Este desenho regista a primeira paragem, de três noites, na Pousada do Convento de Arraiolos:



Fi-lo do fresquinho do interior, no primeiro andar, olhando através da janela para o pátio central, contíguo ao claustro, que jazia sob o sol inclemente:


Olhando-o agora, já em casa, volto a sentir vontade do Alentejo, da brancura das casas, do calor e da imensidão. Já sei que vou voltar.

15 de agosto de 2016

NATIONAL GALLERY


Eis o terceiro e último desenho da minha ida a Londres no final de Julho:




Aproveitei o "day off" que o programa do congresso nos concedia à quarta-feira e lá fui, on foot, rever os sítios de sempre. No regresso do Big Ben e do nº 10 da Downing Street, sentei-me no muro lateral do Trafalgar Square, com a coluna de Nelson fora do enquadramento, mas de frente para a National Gallery:




8 de agosto de 2016

BRITISH MUSEUM


Ficando no quarteirão mesmo ao lado do University College, não admira que tivesse sido um dos poucos sítios para onde me pude escapulir num dos intervalos dos trabalhos do congresso. O desenho até começou bem: o corpo central da fachada neoclássica, encimado pela bandeira, não me desagradou. Mas logo tive a infeliz ideia de meter gente. Num instante dei cabo do desenho, com aquelas figuras abonecadas, de proporções irregulares, só superadas por aquele táxi lamentável em primeiro plano... Oh well!



Esta obra-prima foi realizada a partir dos degraus de um prédio fronteiro onde, por entre as centenas de turistas que por ali passavam, lá fui aldrabando nas volumetrias e nas verticalidades:


Com uma certeza fiquei: esta preciosidade não vai ficar exposta neste museu. Curadores do British Museum, conformem-se!

4 de agosto de 2016

VISTA DO MEU HOTEL...


... para um dos lados do verdejante Russell Square, mesmo ao lado da Universidade de Londres, onde estive no fim de Julho num congresso. A rua em ponto de fuga é a Southampton Row. A zona em branco significa que me fartei a meio do desenho, com tanta janela e tanta porta. E sim, aquele círculo no cimo do desenho é mesmo o London Eye!


Bom, como de costume as cores sairam-me muito optimistas. A realidade, a bem da verdade, era ligeiramente outra:


Fiz outros dois desenhos nesta curta estadia, em parcas escapadelas entre comunicações. Foi o que se pôde arranjar... I'll show them later!

P.S. Só depois de publicar este "post" tive conhecimento do atentado ocorrido neste mesmíssimo lugar, às 10:30h da noite de ontem. Uma turista americana morreu e cinco outras pessoas, de várias nacionalidades, ficaram feridas, quando um jovem de 19 anos se pôs a esfaquear quem passava. Escusado será dizer que a notícia me deixou siderada. A sensação que tive nos cinco dias que ali passei, há menos de uma semana, foi de paz e tranquilidade, de absoluta segurança. Quão ilusória, vejo agora! Mais uma vez, a loucura e o terror surgiram onde menos se esperaria.

3 de agosto de 2016

JARDIM DE S.LÁZARO


Só agora tive tempo de publicar o primeiro dos meus desenhos no Encontro PoSk 2 - Porto Sketchers. Foi no Jardim de S. Lázaro, no dia 16 de Julho, mas da parte da manhã. Adorei aquele jardim, que não conhecia bem, delimitado por um gradeamento clássico, cheio de sombras, de bancos e de gente a passear. Mas para o meu desenho escolhi um ângulo externo ao jardim: o Passeio de S. Lázaro, com as suas casas de fachadas estreitas, cobertas de azulejo e com pequenas sacadas, tão típicas do Porto. Ali no meio, um quiosque, típico também. E, em primeiro plano, as grades de ferro:


Aqui, o esboço, feito a partir de um banco de jardim muito concorrido, tanto por pardais como por humanos, porque ao lado de um bebedouro:


Faltaram-me os ramos das árvores ali por cima e as pessoas... Algumas dessas aparecem aqui, moi inclusive, na sorridente fotografia de grupo: