O último desenho que fiz em Madrid durante a minha estadia de três meses correu-me tão bem que me apeteceu deixá-lo assim, sem tintas nem estragos...
É a Praça de Ramales, um pouco acima da zona do Palácio Real. O enfoque foi o belo edifício central, de quatro pisos e um mirante, com uma esplanada na base. Dos transeuntes que passavam, consegui fixar apenas um, que ali aparece apressadamente a cruzar a cena. Mas é claro que as cores falaram mais alto - e lá me pus a aguarelar. Desta vez comecei pelo céu, seguido dos ocres do edifício à direita:
Depois, as fachadas, de alto a baixo:
Por fim, o peão apressado e as sombras, bastante fortes, do sol do fim da manhã:
O resto do desenho deixei-o propositadamente em branco, como uma memória que já começa a evolar-se... Adeus, Madrid, fico-me por aqui!
Desta cidade guardarei sempre com gratidão o ressuscitar da vontade de desenhar que me provocou. Foi ali que recomecei a cultivar este gosto antigo - e fi-lo deambulando, de bloco na mão, pelas ruas da cidade, à caça de imagens que pudesse capturar...
Aqui encerro, pois, este capítulo madrileno. Mas mais desenhos virão!
Aqui encerro, pois, este capítulo madrileno. Mas mais desenhos virão!