Pois não: em rigor, não foi um "trinta e um" ou, segundo o dicionário, "um problema, uma coisa difícil de resolver". Foi apenas um... "vinte e quatro" aquilo que o meu filho de 4 anos armou, ou melhor, escreveu sobre o meu desenho. E eu resolvi o assunto com facilidade, ignorando-o! Mas comecemos pelo princípio. Foi ainda em Janeiro que, recém-chegados de Madrid, quis fazer o meu primeiro desenho de Braga. Fui por isso ao Bom Jesus, onde estacionei o carro junto à Casa de Chá. Estava a anoitecer apesar de serem cinco da tarde (os dias são curtos em Janeiro), pelo que tive de me apressar com o esboço:
Já em casa, deixei-o por ali, um pouco esquecido. Uns dias depois, apeteceu-me aguarelá-lo, mas eis o que encontrei: um 2 e um 4 bem visíveis sobre o fundo branco, escritos com a minha caneta de tinta permanente. Logo adivinhei quem tinha sido o "artista"! Mas não me zanguei nem desafinei e lá avancei com as cores:
Céu, cedros, rua...
Telhado e portão...
E assim ficou:
Vá lá, concedamos, aquele "24" até que não fica ali nada mal. Trata-se do meu primeiro "urban sketch" a duas mãos!