19 de fevereiro de 2015

MISSÃO IMPOSSÍVEL: AUTO-RETRATO A AGUARELA


Missão "impossível", entenda-se, para mim, pobre aprendiz que vou avançando, sem aconselhamento, por tentativa e erro - e, no caso vertente, mais erro do que acerto... Bom, mas já que o meu anterior auto-retrato (que aparecia no meu perfil do blogue e do Facebook) era consensualmente irreconhecível, lá lancei mãos à obra para tentar criar um que tivesse um pouco mais de parecença com a minha fronha, perdão, com o meu belo rosto. O desenho a grafite não saiu mal de todo...


Depois é que foi o busílis: as cores. Comecei pelo menos difícil, o cabelo, passando em camadas sucessivas do estádio "loira espampanante" para o de "vulgar de Lineu meridional":


E só depois me lancei à pele. Como é sabido, a pele humana é difícil de representar pictoricamente. Tem muitas tonalidades, é translúcida e presta-se a sombras pesadas e tons pastosos. No caso do óleo, existem cores pré-feitas ("skin tint") que facilitam muito o trabalho, mas no caso da aguarela, tanto quanto sei, não há cores de pele "prontas-a-usar". Usei carmim e amarelo-ocre, com alguns vestígios de "sienna" (mas devia ter sido "umber", talvez, sei lá!) e a coisa foi tropeçando assim:


Conseguido este aspecto de quem sofre de icterícia, avancei alegremente para as cores secundárias. E, como se tivesse sido atingida por uma febre carnavalesca qualquer, eis que usei cores garridas que só visto. Para o cenário, escolhi azul cerúleo em estado puro; para a camisola (que na realidade é cinza antracite) deu-me para usar um laranja festivo:


Achando-me ainda demasiado clara de cabelo, tentei alguns escurecimentos finais e, receosa de estafar ainda mais uma pintura já claramente "overworked", parei por aqui:


Mas vou tentar outros retratos, meus e alheios. Isto há-de ir melhorando! Para já, apesar de tudo, vou usar esta nova imagem no meu perfil. Afinal, submeti-a a uma prova de fogo: perguntei ao meu filho de 4 anos quem era aquela no papel e, bem, ele deu de imediato a resposta correcta! Vitória!

8 comentários:

  1. Miú, eu gosto! E, sim, diria sem pestanejar que eras tu - mesmo não tendo quatro anos. (;

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    1. Viva, Carla, que alegria ver-te por aqui!
      Bom, ainda bem que o problema do retrato é só a icterícia das cores, eheh. Talvez o desenho seja fiel às feições... Obrigada e um beijinho!

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  2. Miú, uma cópia fiel! Identificava-te de imediato!
    Gostei mesmo:) Beijinho

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    1. Então, Manela, vou pôr o retrato no meu BI, que aquela fotografia que lá tenho está com uma palidez de formol.:)
      Muito obrigada e beijinhos!

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  3. Miú! Não a conheço pessoalmente por isso não posso dizer nada quanto ao,auto-retrato estar mesmo parecido. Mas sei dizer, que para alguém que vai fazendo esses maravilhosos desenhos sem ajudas e por tentativa e erros tem-se saído muito bem. Beijos

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    1. Não nos conhecemos pessoalmente, é verdade, mas temos de corrigir isso o quanto antes, não temos? E há uma amiga comum que vai dar muito jeito a marcar um encontro a três...;)
      Beijinhos

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  4. Pois eu também não conheço, mas acho que o desenho está óptimo. O tom para a pele é realmente difícil, pelo menos para mim, que também ando às voltas com estas coisas, em sucessivas tentativas e erros...

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    1. Muito obrigada, Teresa!
      Poucos erros e muitos acertos - é o que eu tenho visto de si!

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