4 de agosto de 2015

UMA ESPÉCIE DE DÍPTICO


Aparentemente uno e coeso, este desenho é na realidade composto de dois desenhos independentes. Trata-se ainda do 10º Encontro USkPN de 26 de Julho. A descida a partir da Sé teve, uns escassos metros mais abaixo, um primeiro ponto consensual de paragem: o terraço da Igreja dos Grilos, de onde se avista um panorama tão complexo como encantador, desdobrando-se em cascata até ao rio:
Na minha habitual inépcia, não fui capaz de encaixar toda a informação numa só página do caderno. Tive pois de recorrer a duas páginas autónomas, nas quais ficaram gravados dois momentos de observação e dois níveis de composição urbana, num puzzle que só a posteriori consegui articular. Primeiro, desenhei a parte da esquerda, mais baixa e numa escala ligeiramente maior; depois, aventurei-me para a vista à direita, com um skyline mais rico, ornado de torreões, cúpulas e campanários e rematado pelo casario em primeiro plano, mesmo junto ao muro do terraço:


Faltam agora as cores... Será que virão? 

Ah, por falar em cores lembro-me agora: sim, fiquei com um valente escaldão nas costas, ainda por cima na horizontal, com o feitio da blusa gravado na pele para a posteridade estival. Podemos ver nesta fotografia a peça em causa, bem como os raios do meio-dia em plena acção:

(Armando, Jorge, Elsa, eu, Hugo, António, Ana Isabel e Cláudia)