Quando estive na Finlândia há dois anos, lembro-me bem de ter notado a omnipresença das bétulas no imaginário turístico local: os seus troncos altos, finos e prateados, marcados por linhas negras horizontais, apareciam em tudo, de posters a brinquedos, de utensílios a souvenirs variados. Numa das excursões do colóquio a que fui, perto de Helsínquia, vimos florestas de bétulas, mas na altura verdejantes (era Junho). É claro que não tive a sorte de me cruzar com um veado de armação imponente como este (era bom, era), mas quis transpô-lo para a nossa latitude meridional, espreitando por entre o emaranhado de árvores:
Foi o meu segundo trabalho de paper cutting, feito a pensar num tríptico (para juntar a este e a um outro que há-de vir). Desta vez, usei aguarela sobre traço leve a lápis, apenas para destacar a figura do animal. Note-se que o fiz, algo estranhamente, antes de recortar o desenho pelo lado do avesso: